30.1.11

não serei


agora sei que foste. custa, dói, mata. o vazio que deixaste vai ficar para sempre. disso nunca terei dúvidas. os teus olhos continuam em mim, assim como tudo que me deste, que sinceramente já não consigo avaliar a felicidade que em mim deixaste. 
nada. é o que resta. nada está. qual transparência. qual lembrança. qual recordação. nada. 
durante muito tempo pensei que pudesse saber o que ia no teu coração, mas agora tenho a certeza e aprendi que ninguém consegue dizer o que o outro pensa. por muito mais que o conhece. o que pensa que conhece. ninguém sabe o que vai aí dentro, nem mesmo quem acha que sim. já não sei se estás completamente noutra ou se ainda pensas em nós. nem sei se o que dizes é verdade ou mentes apenas para acalmar a fera. tanto eu como tu sabemos tudo que aconteceu. que há coisas que por mais que negues, elas não vão. eu sei, eu sei... 
agora acredito que tudo o que sinto me tapava os olhos, me cobria o coração para não poder ver a merda que fazias. agora acredito no que me dizem. qual homem. qual crescido. qual "eu sei o que faço". qual atitudes. 
tenho pena que não tenhas sido homem o suficiente para me dizeres tudo na cara. tenho pena que tenhas feito pela segunda vez a mesma merda. arranjas alguém que te afague o pêlo e pões-te no caralho, sem quereres saber de quem fica a ver. é a segunda vez e digo-te, a terceira não a vais fazer. 
não és o único homem do mundo a quem eu possa chamar de amigo e sinceramente duvido se alguma vez o foste. respeito tu nunca poderias deixar de ter por mim, nunca. sabes que nunca te faltei com a verdade e já fui ter contigo só para te dizer o que pensava... lembras-te? dizias-me falsas verdades, cobertas de neblina. 
traiçoeiro. é isso que és. ingrato por tudo que fiz por ti. por tanto que dei de mim só para que estivesses bem. 
chego agora à conclusão que nunca te conheci de verdade. sempre tive a noção que havia algo de ti que não mostravas e tenho pena que essa parte se tenha revelado e agora estejas do outro lado do mundo. 
inevitável não te olhar nos olhos. inevitável não te seguir com o olhar e sentir a tua falta. tenho pena que a falta de coragem me impeça de ir à tua beira e de te dizer tudo, de te ir mais uma vez buscar a casa para falarmos, para te dizer o quanto me sinto mal. 
qual lealdade, qual verdade, qual confiança, qual eternidade! só não entendo o porquê de não teres coragem para vir falar comigo. que merda de amigo és tu para desapareceres assim? eu não merecia e tu sabes tão bem disso... como foste tu capaz. 

hoje reconheço que o sentimento profundo cega, mas hoje me mentalizo também que não voltas mais. se caíres não esperes que te vá receber. porque não vou. tens os teus e eu tenho os meus e não sou o lixo para vires deitar cá a merda que fizeste. nunca mais. já voltei atrás uma vez, mas agora esquece. tenho de ter amor próprio e desta vez não vou falhar. o teu grande problema é que tu sabes tocar sempre nos pontos fracos de quem te quer bem. usas e abusas do que queres, manipulas, magoas e deixas. agora brinca com quem tu quiseres, mas o jogo comigo acabou. de vez. sê muito feliz mas não me peças mais nada. não vou andar-te a lamber o cu para me dares um abraço, um sorriso ou uma palavra. primeiro estou eu, pelo menos no que toca a ti. não serei nunca mais o teu porto de abrigo nas horas vagas

4 comentários:

jo disse...

uma conversa fazia-te bem, pelo menos sentir-te-ias melhor, mas se a coragem te falta, ao menos que agora tenhas a plena consciência de quem merece de ti consideração, o respeito, tudo!

sabes que me tens sempre do teu lado, incondicionalmente.
o mundo pode desabar, mas nós não, tenho dito.
<3

Sara Martins disse...

que sejas muito forte, sara*

jo disse...

lembra-te que há sempre algo que fica por dizer...

ly

jo disse...

eu sei, e estarei preparada para o que vier...