7.11.10

dia 15

P - Pai


já não é com certeza a primeira e não será a última vez que te escrevo. dói-me um pouco a maneira rude com que tratas as coisas, a tua falta de sensibilidade ao ponto de nem conseguires dar-me um abraço. tenho saudades tuas, do que já foste, do que já conseguiste mostrar-me. sofro com a dor, mas nutro um enorme orgulho por ti, pela tua força, pelo teu esforço, pela tua coragem em enfrentares tudo para me dares o melhor que podes. mas os bens materiais nem sempre são tudo. e o carinho? faz-me tanta falta isso! queria tanto poder ter uma conversa contigo, calma e sossegada. queria contar-te o que se passa comigo e dizer-te os meus sonhos, os meus medos, as minhas vivências. amo-te, amo-te muito, serás sempre o grande homem da minha vida, com todos os teus defeitos e virtudes. eu também sei que para ti serei sempre a tua pequenina, eu sei disso. podes não o demonstrar da mesma maneira, podes andar distante, a leste, cada vez mais, mas por muito mais que me faças sofrer por causa disso, eu sinto. eu sinto que estarás sempre comigo. por vezes é quase impossível esquecer a raiva, o rancor, acredita. mas o amor fala sempre mais alto. amo-te, a ti devo a vida. 

1 comentário:

jo disse...

o teu coração é maior que o mundo , e neste texto consigo ler isso na perfeiçao <3