30.12.10

e o tempo que trate do resto



"espero que saibas o que estás a fazer, quem sou eu para vir agora dizer o que quer que seja, não é verdade? já disseste tudo!
dou-te os parabéns por seres quem és agora, sinceramente ontem duvidei que tivesses mudado, mas ao ler este discurso bem preparado noto que já não és o mesmo e fico triste. os meus ideais nunca os escondi, sempre os defendi e nunca os mudei. e tu sabes bem disso.
mas isso agora também não interessa.
ainda não fui capaz de pôr um ponto final em tudo como tu o fizeste. mas caga, dá-se tempo ao tempo.
é que eu ainda pensava que valia a pena... esse é que foi sempre o meu erro. acreditar que tudo volta. que nada se esquece.
sabes que mais? és ingrato. é triste dizer que tens pena de nós. não precisamos dessa tua pena. não percebi algumas das passagens que escreveste, mas tu lá deverás ter os teus motivos.
e pronto, é tudo. quer dizer, tudo nunca poderá ser, mas se é assim que queres, será.
quanto a ser apologista disto ou daquilo, não serás ninguém para nos julgar. mantinhas uma opinião e de repente essa opinião foi-se. e não iremos falar em respeito, não é verdade? saberás com certeza do que estou a falar.
tudo de bom" 



queria escrever mais alguma coisa, mas depois do que disse... nada mais há para dizer. 

21.12.10

"O QUANTO TE ILUDIAS POR DESCONFIARES DE MIM"

só desta vez



chamem-lhe nostalgia, chamem-lhe saudade. chamem-lhe falta de céu, falta de mar, falta de sol. chamem-lhe frio, chamem-lhe desconforto. chamem-lhe distância, chamem-lhe perda. chamem-lhe força, chamem-lhe honra, chamem-lhe glória. mas hoje, não lhe chamem dor. nem sofrimento. nem tristeza. nem medo. nem "adeus"
não lhe chamem "adeus", porque eu também ainda não chamei. não o disse. não o senti. não o quis. ou quis. ou não, mas precisava de querer. de sentir. ou não, nada disso. eu precisava que voltasses e pusesses ordem nisto, neste misto de emoções a que chamam de vida. que pusesses ordem na minha. e só com um olhar, já não basta. não me chega. faz-me pensar, mas não me convence. quero palavras, quero as tuas palavras, quero o teu conforto, quero o teu carinho, a tua mão, o teu abraço. porque sempre pensei que fosses o que ficava, quando tudo se ia. um porto de abrigo. um pilar. uma ponte segura.
chamem-lhe nostalgia, chamem-lhe porque essa minha querida amiga de tempos voltou, instalou-se por cá e assombra-me a cada instante, quando caio em pensamentos divagantes em horas vagas, em minutos dispersos, que prendem a alma com o coração e tecem saudades imensas, quase distantes, quase perdidas, quase vencidas pela espera.
chamem-lhe falta de mar, porque é de facto; é falta de mar, de céu sem altura, de vento quente, de pureza. é falta de me sentir livre. de gritos. de presença. de ausência. de caminhos. de meios. de rotas.
é tudo que sinto, tudo tão oscilante, tão vago e tão intenso. tão descrito, sem pormenores. é nada o que entendo, apesar de lutas incessantes de procura e de verdade. de compreensão.


hoje chamem-lhe tudo, mas deixem-me partir em viagem, só com a nostalgia de um pouco de vida e com a saudade. deixem-me partir com um pouco de mar numa garrafa, um pouco de vento no meu cabelo, um pouco de céu nas minhas mãos, um pouco de areia na minha roupa, um pouco de sal no meu rosto.
parto sem destino, por aí, à procura de alguém que faça a mesma viagem, que procure os mesmo entendimentos. ou talvez não; queira apenas o conforto merecido e preciso. e agora chega, parto. estou de volta em cada pôr-do-sol, em cada manhã de outono, em cada noite de verão, em cada fim de tarde de primavera, em cada amanhecer de inverno. não parti de ti, mas por ti. a ver se me encontro.

19.12.10

mais uma vez



e foi assim. deixaste-me sozinha no fim da linha, a ver-te virar costas sem olhar para trás.  
nunca tiveste a noção do quanto me magoaste, a mim e a outros, que fizeram tudo por ti. não sou ninguém para julgar as tuas atitudes, cada uma segue as suas próprias escolhas, embora fique ferida por te teres afastado assim, sem uma palavra, sem uma justificação, sem nada... tão típico. fartas-te das pessoas e deixa-las num canto. tão típico. fechas o teu coração e desapareces. tão típico! 
cansei-me, sabes? há quem já se tenha habituado mas eu não consigo. desculpa, mas é indecente a forma como nos tens tratado. acabou tudo para ti, não foi? "xauzinho, obrigada por tudo que fizeram por mim mas agora fartei-me de vocês e a vida continua" não é assim, ingrato. pela segunda vez. 
ainda consigo olhar nos teus olhos, que embora não queiras são bastante transparentes e te traem na luta que fazes e na posição que tendes em marcar. deixaste um rasto de tristeza prender-se ao olhar, ainda consigo lê-lo. por isso é que ainda continuas por cá. pela tua falta de firmeza. e assim o teu nome é mencionado inúmeras vezes, a tua presença questionada, as mudanças faladas. 
tenho pena, juro que tenho. apesar da tua idade ainda não sabes como tratar os outros. não somos merda. não usas e abusas quando queres. no fundo sei que vais voltar mais uma vez, que vais sentir a falta. lembra-te que não somos perfeitos, tal como tu também não o és. mas talvez quando voltares seremos nós a virar-te as costas. amizade mais pura do a nossa não tinhas. e tu sabes. 
agora fica por aí, nesse monte de futilidade, inveja e mal-dizer. gosto de ti ao ponto de ter de te deixar ir, se é o que desejas e precisas. boa sorte 


afinal por vezes temos de deixar ir quem amámos 

13.12.10

quando se perde o chão



tenho corrido o mundo por ti, sabes tão bem disso. 
sempre senti o nosso amor como um profundo oceano, imenso, sempre cheio de magia, de vontade, de confiança, apesar das turvas águas que teimam em chegar. 
há muito que deixei ficar o futuro ficar onde está. anseio? anseio. claro que sim. mudar a rotina, quebrá-la, trazer uma bagagem pronta para ser descoberta, que trago quando me perco em sonhos. o presente torna-se agora um tudo, embora nem com isso eu consiga dizer-te o tanto que está guardado cá dentro. 
o medo tem-me impedido de amar, de ver a clareza, a transparência, o evidente. o medo consome-me, pouco a pouco, a insegurança instala-se e os sonhos que outrora residiam na mala de viagem, evaporam-se, sem espera.
odeio agarrar-me ao passado como faço e talvez é por isso que tantas vezes me lamento e desespero, perdendo a lua para as lágrimas e deixando-me ficar, sem forças. 
é bom saber que ainda há alguém que se preocupa comigo. é importante saber que ainda deixo a marca no coração de alguém, quiçá por pena ou compaixão, por cumplicidade e sedução, por amizade e respeito. ou talvez tudo junto. tenho medo chegue uma altura e já nada faça sentido, de vez. não só nas horas de luta, mas sempre. a cada minuto. tenho medo de me deixar envolver por olhares intensos e cheios de magia, que me perca sem guarida e sem lua para me guiar.  tenho medo que deixe de acreditar no que sou e que me deixe ficar. como tantas vezes tem acontecido. e a insegurança paira lá e cá. 

12.12.10

;

parece que dia após dia me partes mais o coração e menos queres saber disso. 
não sou perfeita e penso que foi isso que desde o início tentaste idealizar. não sou a mulher que dá tudo que tu queres? pois.. eu sei que não. mas as coisas não podem ser sempre como queremos. estou cansada, juro que sim. que ponhas sempre o orgulho e a razão à minha frente. já não faz sentido e já me secaste as palavras... 

6.12.10

a carta que eu nunca te escrevi

"Desde o começo não sei quem és,
no fundo não te conheço
Se calhar sou o culpado,
se calhar até mereço
Quis confiar em ti,
mas não deixaste, tu não quiseste
Imagino as coisas que tu nunca me disseste
Às vezes queria ser mosca e voar por aí,
pousar em ti
Ouvir o que nunca ouvi,
ver o que nunca vi nem conheci
Saber se pensas em mim quando não tás comigo
Será que és minha amiga como eu sou teu amigo?
Será que falas mal de mim nas minhas costas?
Há coisas em ti que tu não mostras,
ou já não gostas.
Quantas vezes te pedi para seres sincera,
quem me dera!
Imagino tanta coisa enquanto estou à tua espera
Apostei tudo que tinha e saí a perder, sem perceber
Surpreendido por quem pensei conhecer
Sem confiança a relação não resiste,
o amor não existe

Quando mentiste,
não fiquei zangado,
mas triste

Não peço nada em troca,
apenas quero sinceridade
Por mais crua e dificil que seja,
venha a verdade!
Será que me enganas,
será que chamas a outro o que me chamas?
Será que é verdade quando me dizes que me amas?
Será que alguém te toca em segredo?
Será que é medo? Será que para ti não passo De mais um brinquedo?
Será que exagero? Será que não passa de imaginação?
Será que é o meu nome que tens gravado no coração, ou não?
Eu sou a merda que vês,
ao menos sabes quem sou.
E sabes que tudo que tenho é tudo aquilo que eu te dou!
Nunca te prometi mais do que podia
Prefiro encarar a realidade a viver na fantasia.

Também te magoei,
mas nunca foi essa a intenção
E acredita que ver-te infeliz partiu-me o coração
Mas, errar é humano e eu dou o braço a torcer
Reconheço os meus erros sei que já te fiz sofrer
Porque é que não me olhas nos olhos quando pedes perdão?
Será que é por saberes que neles vês o refexo do teu coração?
E os olhos não mentem enquanto a boca o faz
E se ainda não me conheçes,
então nunca conhecerás
Serás capaz de fazer o que te peço?
Desculpa-me ser mal educado,
quando stresso
Assim me expresso,
sou frio, praguejo em excesso
Se conseguissemos dialogar já seria um progresso
A chama enfraquece sinto que está a morrer aos poucos
Porque é que é assim,
será que estamos a ficar loucos?
Acho que nunca soubeste o quanto gostei de ti
Esta é a carta que eu nunca te escrevi..." boss

1.12.10

mágoa


tenho feito o máximo que posso por ti. e sinceramente estou cansada das lágrimas que me caem pela cara

desabafo (1)

estou farta que uses e abuses e nem dês por nada; nem como me sinto, nem porquê.. estou farta do desprezo, das merdas das tuas prioridades, da incompreensão total, de tudo! de nem repares nas minhas lágrimas, de fazeres o que queres e de nem olhares para as consequências disso. se me tenho privado de muita coisa por tua causa e por causa da nossa relação, agora acabou. estou cansada de dar de mim e de nem te fazer diferença. estou farta de estar condicionada em tudo que faço, com quem falo, a quem dou carinho, a quem escolho para estar comigo! cansei-me! afinal estás comigo porquê? por mim ou pelo resto? por estar? oh, deixa-te de merdas. e nem me venhas dizer que venho escrever mentiras, foda-se. chama-lhe pseudopoesia, chama-lhe o que quiseres! ao menos aqui posso dizer tudo aquilo que à tua frente não tenho direito. sim direito, não é coragem! é a merda da mania que tens de achar que podes mandar em tudo e teres sempre a puta da razão! estou farta que estragues a merda da minha vida. sim, MERDA! porque agora foi nisso que  se tornou. lá se foi o sorriso, lá se foi a paz, lá se foi a alegria. o coração quente e grande, sempre disposto. chega! hás-de aprender que sou alguém, não vais agir mais como queres e bem t'apetece e fazer-me pensar que sou sempre a puta com a culpa. chega. agora as coisas vão ser como eu quero, não como tu queres. vou ser eu, totalmente. e como puder. visto que a maior parte do bom que tinha, tiraste-me. e sim, tens uma boa conta pelo estado em que estou neste momento. acredita que tens. eu não sou sempre a culpada de tudo e desta vez não vou atrás de ti a pedir-te desculpas por alguma que não fiz, só para que fique tudo bem. e se no fim quiseres mais uma vez ter a razão, força. talvez fiques com ela e não comigo.