13.12.10

quando se perde o chão



tenho corrido o mundo por ti, sabes tão bem disso. 
sempre senti o nosso amor como um profundo oceano, imenso, sempre cheio de magia, de vontade, de confiança, apesar das turvas águas que teimam em chegar. 
há muito que deixei ficar o futuro ficar onde está. anseio? anseio. claro que sim. mudar a rotina, quebrá-la, trazer uma bagagem pronta para ser descoberta, que trago quando me perco em sonhos. o presente torna-se agora um tudo, embora nem com isso eu consiga dizer-te o tanto que está guardado cá dentro. 
o medo tem-me impedido de amar, de ver a clareza, a transparência, o evidente. o medo consome-me, pouco a pouco, a insegurança instala-se e os sonhos que outrora residiam na mala de viagem, evaporam-se, sem espera.
odeio agarrar-me ao passado como faço e talvez é por isso que tantas vezes me lamento e desespero, perdendo a lua para as lágrimas e deixando-me ficar, sem forças. 
é bom saber que ainda há alguém que se preocupa comigo. é importante saber que ainda deixo a marca no coração de alguém, quiçá por pena ou compaixão, por cumplicidade e sedução, por amizade e respeito. ou talvez tudo junto. tenho medo chegue uma altura e já nada faça sentido, de vez. não só nas horas de luta, mas sempre. a cada minuto. tenho medo de me deixar envolver por olhares intensos e cheios de magia, que me perca sem guarida e sem lua para me guiar.  tenho medo que deixe de acreditar no que sou e que me deixe ficar. como tantas vezes tem acontecido. e a insegurança paira lá e cá. 

3 comentários:

Andrea Soares disse...

que lindo! força

Rita da Maçaroca disse...

Pois, parece que o medo também paira por aqui :x

jo disse...

o medo é o maior inimigo do amor, não te esqueças disso*
e quanto à parte que me toca, preocupo-me contigo sempre, a toda a hora, em qualquer lugar, por tudo, essencialmente pelo que nos une e pelo enorme respeito que tenho por ti!

amo-te